PANORAMA DAS ALERGIAS ALIMENTARES NO BRASIL: PREVALÊNCIA E ABORDAGENS MULTIDISCIPLINARES
Resumo
A alergia alimentar é definida como uma reação adversa a um alimento específico com consequente desencadeamento de uma resposta imunológica anômala. Esta condição de saúde está cada vez mais prevalente na população mundial, sendo considerada um problema de saúde pública. Nesse sentido, é essencial compreender melhor esse cenário, com o objetivo de analisar a prevalência, identificar os fatores associados e desencadeantes, o quadro clínico e o manejo com uma abordagem multidisciplinar da alergia alimentar no Brasil. Este estudo bibliográfico tem um cunho analítico, qualiquantitativo e exploratório. Verificou-se que a prevalência da alergia à alimentos é de aproximadamente 6% em menores de 3 anos e de 3,5% em adultos. Dentre os fatores associados, a genética é responsável por 60% das predisposições, enquanto os fatores ambientais e os hábitos de vida representam 40%. Os mecanismos fisiopatológicos envolvidos são classificados em três tipos principais: reações mediadas por IgE, reações mistas e reações não mediadas por IgE. O diagnóstico preciso é crucial e tende a ser complexo devido a variedade de sintomas, de tipos de alergias e do diagnóstico diferencial com as intolerâncias. Pontua-se que o tratamento eficaz da alergia alimentar é baseado na exclusão total do alérgeno da dieta. Associada a isso, é indispensável uma abordagem multidisciplinar que envolva a colaboração de especialistas como médicos, nutricionistas, psicólogos e enfermeiros. Essa cooperação permite uma avaliação abrangente do paciente, considerando tanto os aspectos da saúde física quanto os psicossociais. Além disso, a educação e a orientação adequada por parte dos profissionais de saúde e a conscientização nas escolas e no ambiente familiar são essenciais para prevenção e manejo adequado. Destarte, ressalta-se que através de programas multidisciplinares será possível fornecer informações sobre as alergias, aprimorar a prática clínica e reduzir danos nutricionais, físicos, psicológicos e socioeconômicos, assegurando, portanto, melhor qualidade de vida ao indivíduo alérgico. Contudo, novos estudos nessa área são indispensáveis, a fim de suprir a carência de informações, além da necessidade de maior conhecimento, seja por parte dos profissionais de saúde, seja pela população, sobre as reações de hipersensibilidade alimentar.









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